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Relativizar o valor do Dinheiro

Relativizar o valor do Dinheiro
O dinheiro ajuda a trazer felicidade, mas não a compra.
É um erro buscar a felicidade através do dinheiro que se pode ganhar nas apostas.

Para ter sucesso nas apostas é necessário estar desprendido emocionalmente do dinheiro.
por Paulo Rebelo   |   comentários 0
quarta, outubro 6 2010

Eu tenho a quase a certeza que o percurso académico do Paulo, assim como a experiência na bolsa permitiu-lhe desenvolver raciocínios e ter experiências que não iria desenvolver ou ter caso entrasse directamente no mundo das apostas.

Isso dá-lhe uma base mais alargada de conhecimentos e que lhe permitem apostar noutros mercados que não o do futebol e ter uma maior probabilidade de lucrar do que uma pessoa que tenha estado só a apostar no futebol. E sobre o controlo emocional de certeza que há livros que ajudam.

Penso que todos nós conhecemos a teoria da perspectiva, quem joga poker que é o meu caso e quem faz apostas desportivas sente isso muito na pele.

É muito difícil ao apostar ver o dinheiro como unidades de um jogo em que o objectivo seja ter o máximo possível. Há sempre um certa irracionalidade na forma como lidamos com se encara o dinheiro e era nesse sentido que ele podia ter alguma coisa para dizer. 


Agora é óbvio que a experiência é essencial e pode ele nem ter lido nada directamente relacionado com apostas, mas por exemplo um livro que lhe relativize o valor do dinheiro, que o faça mais feliz, pode ajudar a sentir menos os redbooks e assim leva-lo para um nível ainda maior ao afastar ainda mais a emoção.



Que bem!
Na minha opinião, qualquer trader (na Betfair ou na Bolsa) deve possuir essa característica para ter sucesso. Isto é, saber dar o real valor ao dinheiro.
Perguntaram-me há pouco aqui no fórum se estava a pensar em escrever um livro. A minha resposta é não, mas se escrevesse um, escrevia precisamente sobre isto: Partilhava a minha experiência de como me fui inteirando paulatinamente que a qualidade de vida que a Betfair me proporcionou não me faz exponencialmente mais feliz.

Concretizo: Não digo que o dinheiro não traz felicidade. É obvio que é diferente conduzir um Ferrari ou um Fiesta. No entanto, as verdadeiras coisas que me dão prazer na vida continuam a ser estar com a família, jogar futebol, comer bem, dormir (adoro dormir) etc. Tudo coisas a que eu sempre tive acesso e não tinha noção do que representavam para mim. Hoje digo que desde sempre sou rico, só que não o sabia.
Se tivesse que optar, preferia poder jogar à bola todas as semanas como faço, e sempre fiz, com os meus amigos do que poder conduzir um Ferrari umas horas por dia.
Tudo isto para referir que quando estou a trabalhar dou o devido valor ao dinheiro, não entrando em euforia quando as coisas correm bem, nem entrando em tácticas suicidas levadas pelo desespero quando as coisas correm mal. 

Conforme já tive oportunidade de dizer aqui no fórum, tive que trabalhar muito a inteligência emocional. Sem dúvida que a maior ajuda de todas foi perceber que o dinheiro não pode comprar o que mais me faz feliz, e isso conseguiu-me fazer desprender emocionalmente do mercado.

Nota:
Observo que alguns utilizadores caminham precisamente na direcção oposta, isto é, valorizam em demasia os ganhos obtidos com as apostas, ou sejam ligam-se emocionalmente ao mercado e isso é muito perigoso.

Dou alguns exemplos:

Fixar como objectivo uma meta de X€ por mês:
Objectivos, ainda que inconscientemente levam a assumir posições mais arriscadas com a finalidade de os alcançar.

Manter expectativas elevadas.

Apostar dinheiro que custa ser perdido:
Isto é, têm que ter interiorizado que o dinheiro que está nas apostas pode ser perdido, o que implica que só se deve colocar dinheiro “extra” que possa ser perdido. 


E nalguns casos mais graves…

Estar a contar com o dinheiro dos ganhos das apostas para pagar as despesas da vida.

Pedir empréstimos para fazer apostas!



Se traçar objectivos pode ser perigoso, não é tb uma forma de melhorar?
Ou devemos ter objectivos mais "fáceis"?


Pegando no teu exemplo:
x por mês deve ser transformado em ... ter um mês positivo? (nem que seja 1 Euro?)

Na minha opinião esse tipo de objectivos, quantificativos são um erro. Simplesmente pode não ser possível, pela lei das probabilidades, acabares positivo num dia… num mês…
Isto tem que ser encarado como algo subjacente ao nosso trabalho.

De que serve eu decretar que tenho que acabar o mês positivo?
Isso vai originar que tenha que escolher opções (nem sempre de valor) para atingir esse objectivo. Quando, e estou sempre a insistir nisto, um dos aspectos mais difícil deste trabalho é precisamente saber não fazer nada, quando não há  apostas de valor. Ou seja, saber não escolher opções sem valor só porque sim, ou porque tivemos uma tarde à procura de oportunidades e ainda não encontramos, ou porque perdemos tempo a analisar o jogo e agora queremos ganhar algum ou… pior, porque temos um objectivo a atingir.

Para fazer uma aposta de valor tens de ter o mérito de a interpretar mas antes tens de ter a sorte de ela existir. Na minha opinião, não faz sentido colocares objectivos sobre algo que não controlas (a existência de apostas de valor).

A pior parte da introdução de objectivos é que isso afecta negativamente a tua capacidade emocional, ficas mais deprimido quando perdes dinheiro e ficas mais eufórico quando ganhas. Nada disto é positivo…

Outro assunto são os objectivos qualitativos que, esses sim, nos fazem melhorar, do género: a partir deste mês irei tentar implementar este método de gestão de banca…
valor do dinheiro